Em andanças, saltos e recuos, descobri esta versão no "Tubes", dobrada em português do Brasil, bem como a sinopse que a acompanha.
É verdade que este filme requer um écran gigante mas, à falta de melhor, aqui fica para reverem ou verem no fim de semana.
Em pleno século XVIII, mais de duzentos anos após a descoberta do Brasil, havendo falta de mão-de-obra, os índios eram caçados e forçados a servir como escravos nas plantações dos colonos Europeus. A Companhia de Jesus, ordem religiosa jesuíta, teria então por missão evangelizar os índios, e, uma vez convertidos à Fé Cristã, os índios estariam a salvo da escravidão. Já no século XVIII, em São Paulo e Minas Gerais, sendo a mão-de-obra escrava ainda muito procurada, e porque muitos índios locais já haviam migrado mais para o Sul, iniciou-se o processo de uso das entradas e bandeiras, incursões na mata de grupos de caçadores de novos escravos, na região das Missões jesuíticas. Aí se deu um confronto histórico, em que as Missões, com centenas de índios catequizados, que já conheciam a música clássica, a escrita, e a Bíblia, viriam a ser capturados eventualmente, em confrontos com os Bandeirantes.
O filme retrata este período - da chegada dos bandeirantes às Missões. E o único apoio às Missões seria agora do Rei de Espanha (pois as Missões eram reduções espanholas). As cortes iluministas da Europa opuseram-se aos ensinamentos e influência da Companhia de Jesus, e é certo que as autoridades portuguesas viam certas vantagens em livrar-se da presença da mão religiosa nesta área, pretendendo escravizar as comunidades índias abrigadas sob a protecção das Missões. O filme culmina quando as coroas Portugal e Espanha, em conluio com o emissário do Papa, e após a celebração do Tratado de Madrid, procedem à exclusão do catequização dos índios, por conta da pressão e da possível supressão da ordem jesuíta acusada de regicídio pelo Marquês de Pombal, ficando estes à mercê dos bandeirantes paulistas, e quando alguns jesuítas permanecem tentando defendê-los.
4 comentários:
Este filme é fabuloso! Já o vi nem sei quantas vezes e vejo-o sempre com agrado. Beijocas, EMD!
Excelente trabalho o que aqui estás a fazer! Parabéns!
Obrigada, Srª Professora de História, Anabela Magalhães.
Sabes bem que que a inspiração vem de ti e de outros colegas que vão abrindo caminhos. Nada que se compare, no entanto, com o que tu fazes.
A reação do público, do 11º B/C, que assistiu à sessão de cinema, na quarta-feira, foi muito positiva. Só que alguns não puderam estar presentes mas queriam ver o filme.
Tanto procurei que acabei por dar com esta versão, integral!
Sabe bem receber abraços, ainda que virtuais, nos tempos que correm. Aviltam-nos de todas as maneiras e feitios mas nós, teimosos, continuamos a trabalhar.
É só para mostrar que vim aqui dar uma olhadela hehehe.
11C
Quanto gosto, Henrique, em ver-te por aqui.
E, então, o que achaste?
Não te fiques só pela evidência...
Olha que contamos com todos para que este trabalho surta efeito.
Até breve
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