Outono
Se deste outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.
Eugénio de Andrade
2 comentários:
Este post surpreendeu-me mesmo muito, fiquei de queixo caído.
Obrigada :)
Adriana Estrela
Eu gosto de surpresas, quando boas!
Que melhor imagem poderia achar para ilustrar o poema do Eugénio que não este teu outono?
E tu mereces, que tens olhar clínico para a fotografia. Continua!
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